Intermediários

Processos, ferramentas e ambientes para objetivos subjetivos

O que é invisível a nós? Que coisas escapam aos cinco sentidos, que estão presentes mas não podem ser definidas? Ou seria a pergunta, o que é o invisível?

Um objeto é comum. Porém quando é portador de um poder, o que passa a ser? Um talismã, uma arma, um instrumento? O poder transforma o objeto em um veículo, uma ferramenta que permite ao seu operador realizar o objetivo proposto. Igualmente, uma área quando designada e delimitada passa a ser o espaço que possibilita o acontecimento do objetivo proposto. E interessam também os espaços de fronteiras pouco definidas, como são os espaços emocionais e espirituais, da mesma forma os dos sonhos e os das fantasias. Espaços estes que são abstratos e impalpáveis, que se permeiam e se confundem entre si, onde entramos e de onde saímos constantemente sem nos dar conta.

Os objetos-espaços atuam entre o físico, o psicológico, o emocional e o invisível. São intermediários e como tal passam a depositários de possibilidades, poderes e anseios. Pontuam o silêncio. São ações poéticas que existem no vazio entre as continuidades.

Rodrigo Cardoso, 2006



domingo, 4 de julho de 2010

Dia de remada tranquila com o Pedro pra lembrar dos velhos tempos quando a gente fazia nossos treinos perto da Cotunduba.

Às 9 da manhã o sol já esquentava as areias da PV. Alguns canoíatas se preparavam para zarpar para o posto 6 e outros habituês da praia também já estavam de plantão.



Imóvel e pensativo, Chopin olhava o mar. Esse ano é comemorado o bicentenário de seu nascimento e o Folle Journée (http://www.riofollejournee.com/) estará promovendo uma série de 14 concertos com o essencial da obra do compositor polonês em três espaços: Theatro Municipal, Auditório do BNDS e Teatro João Caetano. Uma ótima oportunidade para descobrir inúmeras composições raramente executadas em concerto.



O montinho de lixo que fica ali na beirada, personagem dos relatos da Letícia, também estava lá. Quem faz esse montinho todo dia? Essa pergunta sempre ficou no ar, mas hoje o artista também estava presente, em plena ação. Quem mais poderia ser senão o anjo negro da PV chamado Jorjão?




Está desfeito o mistério. Todo dia o Jorge cata o lixo e junta naquele mesmo lugar esperando que um gari recolha.

Preparamos o velho e acabado cabo horn e partimos para fazer o contorno da Cotunduba. Pedro ia na proa controlando o leme. O mar estava muito verde, suas águas transparentes. O vento era fraco, as ondas baixas, exceto na parte de trás da ilha onde as ondas subiam como trepadeiras nas encostas. Passamos rente as pedras até chegar na pequena enseada. Desembarcamos e colocamos o caiaque sobre a rampa de pedra e fomos curtir o sol e a bela paisagem da praia de Copacabana.



Dia tranquilo, sem sobressaltos. Depois de um tempo por alí, colocamos o caiaque na água novamente e fomos embora contornando mais uma vez a ilha. Ainda passamos pelas gaivotas  Zoraide e Zuleide que faziam uma algazarra danada numa pedra.


Um barco de pesca estava parado na parte de fora. Comprimentamos os pescadores, como fazem de hábito os marítimos. Ao passar pela bóia, hora de uma gaiatice do Pedro que pulou na água e escalou a bóia para uma foto. Depois ainda nos enfiamos na fenda que fica embaixo da pista Cláudio Coutinho.




Remada boa, nostálgica, permeada de conversas e lembranças de tantas aventuras vividas, muitas delas nesse mesmo caiaque, grande companheiro.

Desembarque rápido e seguro na PV. Mais um pouco de conversa e finalmente partimos.

A praia Vermelha é mar, é sol, é cor, é música.

Terça estarei de volta para levar o Amazônia para o conserto.

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