Intermediários

Processos, ferramentas e ambientes para objetivos subjetivos

O que é invisível a nós? Que coisas escapam aos cinco sentidos, que estão presentes mas não podem ser definidas? Ou seria a pergunta, o que é o invisível?

Um objeto é comum. Porém quando é portador de um poder, o que passa a ser? Um talismã, uma arma, um instrumento? O poder transforma o objeto em um veículo, uma ferramenta que permite ao seu operador realizar o objetivo proposto. Igualmente, uma área quando designada e delimitada passa a ser o espaço que possibilita o acontecimento do objetivo proposto. E interessam também os espaços de fronteiras pouco definidas, como são os espaços emocionais e espirituais, da mesma forma os dos sonhos e os das fantasias. Espaços estes que são abstratos e impalpáveis, que se permeiam e se confundem entre si, onde entramos e de onde saímos constantemente sem nos dar conta.

Os objetos-espaços atuam entre o físico, o psicológico, o emocional e o invisível. São intermediários e como tal passam a depositários de possibilidades, poderes e anseios. Pontuam o silêncio. São ações poéticas que existem no vazio entre as continuidades.

Rodrigo Cardoso, 2006



quinta-feira, 27 de maio de 2010




Fazia tempo que eu não entrava num mar tão grande e tão caótico ao mesmo tempo. Além do mar agitado, o vento também incomodava bastante levantando borrifos nos olhos.

Dentro da Enseada da PV já dava pra prever o que seria encontrado na passagem pelo costão do Leme. Ondas grandes escondiam o horizonte e as ilhas apoiadas sobre ele. 
Estava escuro e tudo sumia de vista atrás das ondas como num passe de mágica. Remei até o pontão do Leme passando bem longe da costeira, dando de cara com vagas que varriam o convés a todo momento. Definitivamente, não é um bom dia pra arriscar remar até o posto 6. Também não é um bom dia para fotos. Se ao menos o horizonte parasse na horizontal...  


O jeito foi ficar na enseada mesmo, só treinando equilibrio e testando o sistema nervoso junto com as meninas da oc6.
Apesar da frustração de não ter ido mais longe, foi divertido ficar brincando com as ondas e, no final de tudo, trocar uma ideia e um abraço gostoso com amigas queridas. 

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