Como fazer um remo groenlandês sem muito esforço.
Partindo de um projeto de Didier Plouhinec, publicado na revista Canoe Kayak Magazine de novembro/dezembro de 1991 (p. 65), Eu, Paulo Fucci e Flávio Violante construímos um remo groenlandês barato e relativamente fácil de fazer.
Partindo de um projeto de Didier Plouhinec, publicado na revista Canoe Kayak Magazine de novembro/dezembro de 1991 (p. 65), Eu, Paulo Fucci e Flávio Violante construímos um remo groenlandês barato e relativamente fácil de fazer.
No lugar da tábua de compensado naval e das baguetes de pinho, utilizamos uma tábua de pinho de 0,7 cm de espessura com 10 cm de largura por 220 cm de comprimento e duas meias-canas de 3 cm de largura por 200 cm de comprimento.
O resto do projeto foi mais ou menos respeitado. As pás com 78 cm e a haste com 64 cm.
Primeiro, traçamos o desenho do remo na tábua de pinho. Riscamos o local onde seriam coladas as baguetes. Na extremidades das pás usamos uma tampa de pote de herbalife com diâmetro de 10 cm e na base das pás, um rolo de esparadrapo com 6 cm de diâmetro.
Traçamos as laterais das pás com duas retas tangenciado as duas circunferências.
Resultou nisso aí.
Em seguida, usamos uma serra de fita (o Paulo tem tudo no atelier!) pra dar um corte em bisel nas extremidades das meias-canas, só pra ter menos trabalho pra desbastar depois.
A partir daí, colamos as baguetes usando cola de contato (usamos fita crepe para evitar que a cola não borrasse fora da área de colagem) e prendemos com sargentos.
No dia seguinte, tiramos os sargentos, desbastamos com um ralador (plaina-grosa) que o Flávio levou (sensacional a ferramenta!), lixamos e pronto.
Taí a obra.
Só faltava passar seladora e envernizar... Mas aí resolvemos fibrar tudo :(Não faça isso! Fica muito pesado! Se for pra fibrar, faça só entre as "asas" da pá e a baguete, como manda o projeto. Isso aumenta suficientemente a resistência sem pesar muito.
Quanto arrependimento! Deu um trabalho enorme pra lixar e depois ver que tava pesado demais. E mais trabalho ainda pra tirar toda a fibra da haste e desbastar mais um bocado a baguete no eixo da pá pra salvar o projeto.
No final das contas não deu pra manter o acabamento natural de madeira e o remo foi pintado de amarelo. Apesar de tudo, ficou ótimo, muito bom mesmo. Testado e aprovado!
O próximo já está a caminho. Falta só desbastar, lixar e envernizar. Desta vez não vamos fibrar.
Este projeto vale super a pena. É bem fácil, rápido de executar (umas 8 horas de trabalho divididas em dois dias) e o resultado é excelente. O desempenho não deixa muito a desejar quando comparado a um remo groenlandês feito em uma única peça.
Valeu, Paulo e Flávio, pelas lições de marcenaria.
Abraço.
Rodrigo Magalhães
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