Intermediários

Processos, ferramentas e ambientes para objetivos subjetivos

O que é invisível a nós? Que coisas escapam aos cinco sentidos, que estão presentes mas não podem ser definidas? Ou seria a pergunta, o que é o invisível?

Um objeto é comum. Porém quando é portador de um poder, o que passa a ser? Um talismã, uma arma, um instrumento? O poder transforma o objeto em um veículo, uma ferramenta que permite ao seu operador realizar o objetivo proposto. Igualmente, uma área quando designada e delimitada passa a ser o espaço que possibilita o acontecimento do objetivo proposto. E interessam também os espaços de fronteiras pouco definidas, como são os espaços emocionais e espirituais, da mesma forma os dos sonhos e os das fantasias. Espaços estes que são abstratos e impalpáveis, que se permeiam e se confundem entre si, onde entramos e de onde saímos constantemente sem nos dar conta.

Os objetos-espaços atuam entre o físico, o psicológico, o emocional e o invisível. São intermediários e como tal passam a depositários de possibilidades, poderes e anseios. Pontuam o silêncio. São ações poéticas que existem no vazio entre as continuidades.

Rodrigo Cardoso, 2006



terça-feira, 1 de novembro de 2011

Em algum lugar

Passeio pelos mares de Itacuruçá num fim de semana chuvoso. 9 km pra ir até a Ilha do Vigia Grande, 13 para voltar dando a volta em Jaguanum e passando pela Ilha Bonita. No meio disso, uma noitada de pizza, vinho e partidas de dominó.
Saímos do Rio sexta à noite pra pernoitar na casa do Gustavo em Muriqui. Os carros foram deixados no final de uma estrada, daí seguimos 200 metros pela linha do trem carregando as tralhas. Antes de dormir, tomamos umas pingas e preparamos o Caiaque do Daniel que precisava de umas alças para as amarras de convés. Essa parte foi resolvida satisfatóriamente usando durepoxi.
De manhã tomamos café e nos arrumamos sem pressa. Só zarpamos às 9:20.

Felipe capotou logo de cara espalhando as coisas da cabine. Foi prontamente socorrido pelo Spock que fez um resgate em T irrepreenssível.
Depois disso a travessia prosseguiu sem surpresas. Com uma hora e meia de remada desembarcamos numa pequena praia na Ilha do Vigia Grande.
Encontramos um local propício pro nosso acampamento logo acima do barranco que dá na prainha. Um cimentado, onde deve ter havido uma casa, foi providencial, pois choveu o tempo todo, e com o toldo aberto tivemos um belo abrigo coletivo fora da lama.
Na manhã seguinte, depois do café, partimos para contornar a Ilha de Jaguanum e explorar um pouco mais a região. Paramos numa língua de areia entre as Ilhas Bonita e Bonitinha para fazer um lanche e em seguida zarpamos novamente. Dessa vez seguimos direto para Muriqui, onde encerramos nosso belo passeio.
No final das contas, tudo correu muito bem, apesar da chuva. Só faltava arrumar as tralhas e voltar pro Rio, onde chegamos já de noite.
Fica então registrado meus agradecimentos ao Spock e a Ana pela acolhida na simpática casa a beira mar, e, também, aos demais membros da trupe pela agradável companhia.  Espero ter outras oportunidades como essa. 
Um grande beijo.

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