Intermediários

Processos, ferramentas e ambientes para objetivos subjetivos

O que é invisível a nós? Que coisas escapam aos cinco sentidos, que estão presentes mas não podem ser definidas? Ou seria a pergunta, o que é o invisível?

Um objeto é comum. Porém quando é portador de um poder, o que passa a ser? Um talismã, uma arma, um instrumento? O poder transforma o objeto em um veículo, uma ferramenta que permite ao seu operador realizar o objetivo proposto. Igualmente, uma área quando designada e delimitada passa a ser o espaço que possibilita o acontecimento do objetivo proposto. E interessam também os espaços de fronteiras pouco definidas, como são os espaços emocionais e espirituais, da mesma forma os dos sonhos e os das fantasias. Espaços estes que são abstratos e impalpáveis, que se permeiam e se confundem entre si, onde entramos e de onde saímos constantemente sem nos dar conta.

Os objetos-espaços atuam entre o físico, o psicológico, o emocional e o invisível. São intermediários e como tal passam a depositários de possibilidades, poderes e anseios. Pontuam o silêncio. São ações poéticas que existem no vazio entre as continuidades.

Rodrigo Cardoso, 2006



terça-feira, 22 de março de 2011

Arrumando a bagunça na Praia Vermelha

Não tem jeito mesmo. Faltando poucos meses para soprar a velinha de aniversário de um ano da bagunça na vaga ao lado do cavalete dos caiaques na PV, resolvi fazer alguma coisa.
Mesmo sendo um privilégio ter um barco na areia da praia, a vaga foi abandonada, deixando baratas, cupins e ratos tomarem conta do caixote, cada vez mais cheio de lixo.
Ia convivendo com a sujeira e mau cheiro, até que na sexta passada abriu-se um buraco na areia justamente onde passo pra pegar meu caiaque.
Não dava mais pra contornar. Passei a mão numa enxada e tratei de limpar o caixote, ou melhor, o buraco, pois do caixote mesmo não existia mais muita coisa. Botei fora lixo, tábuas podres e tapei a cratera com areia. Olha só o que saiu do buraco!

Passei um tempo alí trabalhando sob os olhares do Daniel e do Jorge até deixar tudo limpo. No final estava super satisfeito porque resolvi o meu problema e o do meu vizinho, sem briga ou discussão e, de quebra, ele garantiu que vai cuidar do espaço. Espero que sim, até porque manter limpo e arrumado é mais fácil do que limpar e arrumar.
Confesso que estava irritado por ter sido obrigado a fazer o "serviço", mas depois passou. Na verdade,  me senti bem não só porque o espaço ficou em ordem, mas porque  meu vizinho pôde trazer seu barco de volta para a vaga e, principalmente, porque reinaram a cordialidade e a paz.

Nam Myoho Rengue Kyo


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