Não tem jeito mesmo. Faltando poucos meses para soprar a velinha de aniversário de um ano da bagunça na vaga ao lado do cavalete dos caiaques na PV, resolvi fazer alguma coisa.
Mesmo sendo um privilégio ter um barco na areia da praia, a vaga foi abandonada, deixando baratas, cupins e ratos tomarem conta do caixote, cada vez mais cheio de lixo.
Ia convivendo com a sujeira e mau cheiro, até que na sexta passada abriu-se um buraco na areia justamente onde passo pra pegar meu caiaque.
Não dava mais pra contornar. Passei a mão numa enxada e tratei de limpar o caixote, ou melhor, o buraco, pois do caixote mesmo não existia mais muita coisa. Botei fora lixo, tábuas podres e tapei a cratera com areia. Olha só o que saiu do buraco!
Passei um tempo alí trabalhando sob os olhares do Daniel e do Jorge até deixar tudo limpo. No final estava super satisfeito porque resolvi o meu problema e o do meu vizinho, sem briga ou discussão e, de quebra, ele garantiu que vai cuidar do espaço. Espero que sim, até porque manter limpo e arrumado é mais fácil do que limpar e arrumar.
Confesso que estava irritado por ter sido obrigado a fazer o "serviço", mas depois passou. Na verdade, me senti bem não só porque o espaço ficou em ordem, mas porque meu vizinho pôde trazer seu barco de volta para a vaga e, principalmente, porque reinaram a cordialidade e a paz.
Nam Myoho Rengue Kyo
Nam Myoho Rengue Kyo
Boa Comandante! As beiradas agradecem!
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