Intermediários

Processos, ferramentas e ambientes para objetivos subjetivos

O que é invisível a nós? Que coisas escapam aos cinco sentidos, que estão presentes mas não podem ser definidas? Ou seria a pergunta, o que é o invisível?

Um objeto é comum. Porém quando é portador de um poder, o que passa a ser? Um talismã, uma arma, um instrumento? O poder transforma o objeto em um veículo, uma ferramenta que permite ao seu operador realizar o objetivo proposto. Igualmente, uma área quando designada e delimitada passa a ser o espaço que possibilita o acontecimento do objetivo proposto. E interessam também os espaços de fronteiras pouco definidas, como são os espaços emocionais e espirituais, da mesma forma os dos sonhos e os das fantasias. Espaços estes que são abstratos e impalpáveis, que se permeiam e se confundem entre si, onde entramos e de onde saímos constantemente sem nos dar conta.

Os objetos-espaços atuam entre o físico, o psicológico, o emocional e o invisível. São intermediários e como tal passam a depositários de possibilidades, poderes e anseios. Pontuam o silêncio. São ações poéticas que existem no vazio entre as continuidades.

Rodrigo Cardoso, 2006



terça-feira, 26 de agosto de 2014

Por que não usar a escala de longitudes para medir distâncias numa carta náutica na projeção de Mercator?


Devido às características próprias da representação dos meridianos e paralelos numa carta na projeção de Mercator.

Meridianos são círculos que dão a volta na terra no diâmetro máximo, de polo a polo, onde se cruzam. A latitude é o arco de círculo sobre um meridiano contado à partir do equador o que dá uma latitude norte ou sul.
Paralelos são círculos que cruzam os meridianos em ângulo reto. Como diz o nome, paralelos não se cruzam e, dentre eles, só o equador descreve um círculo máximo, os outros vão diminuindo conforme se aproximam dos polos. A longitude é um arco de círculo contado sobre o equador no sentido oeste ou este.
Uma projeção da superfície da terra num plano não tem como respeitar fielmente todas as características do terreno que está sendo representado na carta. Algumas projeções deformam as áreas, noutras os ângulos se alteram, em outras, ainda, são as formas que modificam. 
As cartas são conformes quando reproduzem o mais fielmente a forma do terreno. A projeção de Mercator é um exemplo.
As cartas serão equivalentes quando representarem a equivalência de áreas. A projeção de Peters é equivalente, por isso dá real dimensão dos continentes.
Nas cartas equidistantes é a relação de distância entre pontos que é respeitada, como na projeção de Robinson, por exemplo. 
Na projeção de Mercator, a propriedade de representar a forma da superfície da terra mais fielmente possível foi preservada, a carta é conforme. O que a projeção de Mercator faz é manter a forma do terreno e os ângulos, o que é interessante pra quem navega, pois a costa não fica deformada e dá pra traçar rumos facilmente. 
Na projeção de Mercator, a carta é feita projetando a imagem da superfície da terra num cilindro que dá a volta no globo  seguindo o equador.

Os meridianos aparecem como paralelos entre si, quando na realidade não são, de maneira que a escala de longitude não pode dar conta da relação de distância, pois a distância entre dois meridianos tomada no equador não corresponde a distância entre dois meridianos tomada sobre um outro paralelo.

Já os paralelos não aparecem equidistantes dos seus vizinhos, a distância entre paralelos vai aumentando em direção aos polos por causa do fenômeno de latitudes crescidas. Isto quer dizer que a escala de latitudes acompanha a deformação na relação de distância entre pontos, e por isso é usada para medir distâncias em milhas náuticas.

Com contribuição de Rafael Machado

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