Intermediários

Processos, ferramentas e ambientes para objetivos subjetivos

O que é invisível a nós? Que coisas escapam aos cinco sentidos, que estão presentes mas não podem ser definidas? Ou seria a pergunta, o que é o invisível?

Um objeto é comum. Porém quando é portador de um poder, o que passa a ser? Um talismã, uma arma, um instrumento? O poder transforma o objeto em um veículo, uma ferramenta que permite ao seu operador realizar o objetivo proposto. Igualmente, uma área quando designada e delimitada passa a ser o espaço que possibilita o acontecimento do objetivo proposto. E interessam também os espaços de fronteiras pouco definidas, como são os espaços emocionais e espirituais, da mesma forma os dos sonhos e os das fantasias. Espaços estes que são abstratos e impalpáveis, que se permeiam e se confundem entre si, onde entramos e de onde saímos constantemente sem nos dar conta.

Os objetos-espaços atuam entre o físico, o psicológico, o emocional e o invisível. São intermediários e como tal passam a depositários de possibilidades, poderes e anseios. Pontuam o silêncio. São ações poéticas que existem no vazio entre as continuidades.

Rodrigo Cardoso, 2006



quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Saneamento é desafio olímpico


Enviado para 
por Fabiano Barretto


O saneamento como um problema de Regiões Metropolitanas inteiras virou
um desafio olímpico no Brasil por causa da Baía de Guanabara.
“Linha de partida da regata dos Jogos Olímpicos em 2016. Esse é o
cenário nosso, declara Lars Grael.
Quem nos guia por essas águas poluídas é Lars Grael. Velejador que
ganhou duas medalhas olímpicas para o Brasil.
“Além de ser nojento e você expor atletas a uma contaminação, você pode
destruir o desempenho de um barco, de uma equipe. E lá se foi o sonho
olímpico”, destaca Grael.
O Rio de Janeiro com seus mais de 6 milhões de habitantes coleta 77% do
esgoto, mas trata só a metade do que produz. E tem mais gente poluindo.
Para entender a complexidade da situação da Baía de Guanabara, só
analisando alguns dos 16 municípios que ficam no entorno dela. Caxias,
por exemplo, tem 800 mil habitantes e trata só 4% do esgoto que produz.
A vizinha Nova Iguaçu tem mais ou menos o mesmo tamanho e tratamento
ainda menor: só 0,4%. E ainda fica pior: São João de Meriti não trata nada.
Do lado de lá da baía, a gente não tem alívio. São Gonçalo, uma cidade
de aproximamente de um milhão de habitantes, tem só 8% de tratamento.
Juntando todos esses números, de todas essas cidades, o que a gente tem
todos os dias é o esgoto de aproximadamente 6 milhões de pessoas indo
parar, sem tratamento nenhum, direto na Baía de Guanabara.
“Praticamente todos os rios aqui da Baía de Guanabara foram
transformados em valões de esgoto e lixo. Aqui pra baixo água não existe
mais, é só esgoto", avalia o ambientalista Mario Moscatelli.

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