Intermediários

Processos, ferramentas e ambientes para objetivos subjetivos

O que é invisível a nós? Que coisas escapam aos cinco sentidos, que estão presentes mas não podem ser definidas? Ou seria a pergunta, o que é o invisível?

Um objeto é comum. Porém quando é portador de um poder, o que passa a ser? Um talismã, uma arma, um instrumento? O poder transforma o objeto em um veículo, uma ferramenta que permite ao seu operador realizar o objetivo proposto. Igualmente, uma área quando designada e delimitada passa a ser o espaço que possibilita o acontecimento do objetivo proposto. E interessam também os espaços de fronteiras pouco definidas, como são os espaços emocionais e espirituais, da mesma forma os dos sonhos e os das fantasias. Espaços estes que são abstratos e impalpáveis, que se permeiam e se confundem entre si, onde entramos e de onde saímos constantemente sem nos dar conta.

Os objetos-espaços atuam entre o físico, o psicológico, o emocional e o invisível. São intermediários e como tal passam a depositários de possibilidades, poderes e anseios. Pontuam o silêncio. São ações poéticas que existem no vazio entre as continuidades.

Rodrigo Cardoso, 2006



quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Fotos Ilha Grande 2014

Este ano partimos de Ibicuí. Nossa base foi a casa da Raffa e do Marcão que nos acolheram como família. A primeira pernada foi até a praia do Sino, na Marambaia, onde pernoitamos em barracas e redes. No dia seguinte zarpamos pra Ilha Grande.
Dois Rios, Parnaioca, Aventureiros, Meros, Longa, Lagoa Azul...
Mar bom , mas muito sol e muito calor mesmo. Céu estrelado, um pouco de chuva, fogueira na praia, cantoria, muito calor humano, como sempre.
As fotos abaixo são do Zé Carlos. 
Tem mais aqui












quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Aulas de caiaque

O Clube Carioca de Canoagem abre turmas de iniciação à canoagem oceânica uma vez por mês.
As aulas acontecem na Praia da Urca em duas sessões de 4 horas, uma no sábado, outra no domingo, de 8 ao meio-dia.
O programa inclui apresentação de materiais e equipamentos, portagem, preparação e ajustes do caiaque, embarque, remada adiante, freio, remada reversa, leme de popa, varreduras, capotagem, saída molhada, autorresgate, resgate assistido, reentrada, esgotamento d'água, reboques.
Após ter feito a iniciação o aluno poderá, se desejar, participar dos treinos matinais para aprimorar as técnicas básicas e descobrir outras mais avançadas, numa progressão gradual com embasamento técnico e pedagógico.
Para mais informações escreva para trilhasdomar.contato@gmail.com

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Como fazer um fogareiro a álcool

Mais uma dica pra quem gosta de viajar de caiaque e acampar. Veja como fazer um fogareiro a álcool de maneira fácil, rápida e sem complicação.

Fiz essa espiriteira para substituir um fogareiro Esbit, importado, cujo combustível não está disponível no Brasil.

Depois de muito procurar, encontrei um acendedor de churrasqueira da marca Lumix, feito de álcool sólido que, apesar de não servir no no fogareiro Esbit, funcionou muito bem nessa espiriteira feita de latinha.

É muito fácil de fazer, sendo necessário apenas uma latinha e um furador de papel tipo alicate.

Usei uma latinha de terrine de porco com medidas perfeitas para receber a pastilha de Lumix, mas também dá pra fazer com o fundo de uma lata de Bom Ar.

O primeiro passo é consumir o produto, depois lavar a lata e tirar o rótulo. O passo seguinte é dobrar para dentro a aba cortante que sobra quando a tampa é retirada. 
Em seguida, basta fazer duas fileiras de furos contornando o perímetro da lata. É melhor furar alternadamente: faça o primeiro furo o mais próximo possível da emenda e o segundo do lado oposto (norte/sul); depois um furo a oeste, outro a leste e assim sucessivamente.
Ao final, temos duas fileiras, cada uma com 16 furos. 
Seguem algumas medidas.
Diâmetro da  lata: 5,5 cm
Altura da lata: 4 cm
* Os furos da fileira inferior ficam a 2 cm do fundo, acomodando exatamente uma pastilha de combustível.
** Os furos da fileira superior ficam logo abaixo da aba dobrada. Mais acima é mais difícil furar, pois são duas espessuras de metal.
*** A distância entre as fileiras de furos é de 0,5 cm.
No caso da confecção a partir de uma lata de Bom Ar (pois também é difícil achar uma latinha de terrine), será preciso serrar a 5 cm do fundo (repare a marca traçada na lata). Mas, atenção! Certifique-se de que a lata esteja completamente vazia, pois o conteúdo está sob pressão. Convém, também, dar uma desbastada com uma lixa ou lima de ferro nas farpas da borda que foi cortada. 
Os passos seguintes são os mesmos descritos acima, com a diferença que os furos da fileira inferior ficam a 2,5 cm do fundo, pois o fundo é abaulado para dentro, roubando um pouco do espaço para alojar a pastilha de combustível. Já os furos da fileira superior devem ser feitos o mais próximo da beirada da lata.
O interessante é que a latinha de terrine cabe dentro da latinha de Bom Ar, de forma que dá pra levar dois fogareiros sem ocupar mais espaço, e como o combustível pode ser fracionado, temos um fogão de duas bocas pra cozinhar. Outra coisa é que a panela pode ficar apoiada diretamente na lata, sem necessidade de um espaçador.
Testei os dois modelos. Em condições ideais, sem vento, o resultado foi o seguinte: é preciso uns 2 minutos para ingnição (pro álcool ferver e a chama começar a sair pelos furos), uma pastilha ferve meio litro d'água em aproximadamente 15 minutos e a chama dura em torno de 25 minutos Ou seja, dá pra cozinhar praticamente todos os alimentos semiprontos que costumo levar num acampamento.
Um último detalhe: pode ser usado álcool líquido, desde que seja com 92,8° INPM.